28/02/2014

37ª ROMARIA DA TERRA

Em 04 de março, terça-feira de carnaval, o RS vive sua 37ª Romaria da Terra, desta vez no Vicariato de Guaíba – Arquidiocese de Porto Alegre, com o tema: “Cultivar Vida Saudável”. O local do evento será o Assentamento Lagoa do Junco, em Tapes/RS. A romaria mobiliza a Igreja do RS e se tornou um compromisso permanente do Regional Sul 3 da CNBB. É evento eclesial com repercussões para toda sociedade. Uma das suas curiosas características é a realização no dia do carnaval, portanto, um carnaval diferente que prenuncia a Campanha da Fraternidade, no espírito quaresmal, que faz caminhar para a Páscoa.

Vejamos algumas reflexões sobre esta romaria, segundo o Jornal VOZ DA TERRA (Publicação da Comissão Pastoral da Terra do RS, Ed. Novembro 2013, p. 10). Com a preocupação de cultivar vida saudável, a temática tenta resgatar e valorizar o agricultor e a agricultora, os protagonistas da produção dos alimentos naturais de qualidade; alimentos saudáveis que não foram produzidos com venenos, mas na agricultura de agroecologia, termo proveniente da composição de palavras gregas [Agro (agros) = campo; eco (oikos) = casa, logia (logos) = estudo]. Portanto, AGROECOLOGIA é fazer agricultura, respeitando a grande casa, o planeta, os seus habitantes, ou seja, toda biodiversidade.

A prática agroecológica é antiga, mas na última metade do século passado a agricultura tornou-se mais artificial e com uso massivo de venenos. Nós conhecemos as conseqüências dessa prática para nossa saúde e todo ecossistema. Queira Deus que a atual geração ainda possa ouvir frases como esta: “No tempo em que ainda se usava venenos para produzir alimentos...”. As Romarias da Terra são momentos privilegiados para caminhar com o povo que vive na terra e dela produz seu alimento saudável, assim como o de tantos outros.

Faz muito bem ouvir depoimentos sábios, como o da Sra. Simone Pegoraro (Farroupilha): “A Romaria da Terra nos faz entender cada vez mais que é preciso cuidar da Terra e de toda a vida no planeta. A terra é bem mais do que apenas produtora de alimento. A terra é um espaço mínimo para o desenvolvimento da vida. É esse espaço de promoção e valorização da vida que a Romaria da Terra nos traz... Nosso trabalho na Terra é sermos as mãos, os pés, as palavras e as ações do amor, na preservação da natureza e no cuidado com o outro, fortalecendo a cultura do Bem Viver” (Jornal VOZ DA TERRA, o.c., 12).

Dom Alessandro Ruffinoni, bispo de Caxias do Sul, na preparação da última Romaria, assim se expressava: “As Romarias da Terra, aqui no Estado, sempre tiveram o objetivo de ser uma profecia que, de um lado, denunciam a desigualdade e injustiças que existem no campo e, de outro, propõem a solidariedade, a cooperação e um desenvolvimento sustentável em vista do bem comum ou bem viver” (Ibidem).

Em sintonia com a 37ª Romaria da Terra, concluímos com a oração proposta para a mesma: “Senhor Deus da Vida, vós que criastes o firmamento, a água, a terra e tudo o que nela existe; Vós que criastes o homem e a mulher para cuidarem do jardim e da vida, inspirai-nos e ensinai-nos a cultivar uma vida saudável. Vós que viveis na perfeita Comunidade de amor, orientai nossas mentes, nossos corações e nossas famílias para o trabalho cooperativo, a fim de que a produção de alimentos seja fruto da união de esforços e de políticas públicas favoráveis. Fazei que todas as pessoas cuidem da terra e de todos os bens da natureza, saibam respeitar a terra na sua condição de produção saudável; Pela intercessão da Sagrada Família de Nazaré, inspirai quem cultiva a terra e conduza a todos nos caminhos do desenvolvimento sustentável e da justa distribuição dos bens da criação. Amém. Axé. Assim seja!”.

Dom Aloísio A. Dilli – Bispo de Uruguaiana (Mensagem da Diocese 301 - 4ª Semana de fevereiro/2014)

Fontes:
http://www.diocesedecaxias.org.br/site/conteudo_artigos.php?cod_artigo=954
http://diocesedeuruguaiana.org.br/paf.asp?catego=31

O VENENO ESTÁ NA MESA

O veneno está na mesa

Diretor: Silvio Tendler

O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.

O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A ideia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.

Assista o vídeo:
http://www.slowfoodbrasil.com/videos/573-video-documentario-o-veneno-esta-na-mesa




"este curso me trouxe reflexões..."


Curso da Escola de Formação
Fé, Política e Trabalho 2014


Período:
Um final de semana por mês, de março a dezembro de 2014

Etapas, temáticas, professores e mais informações:
http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/p/fe-politica-e-trabalho-2014ano11.html
www.fepoliticaetrabalho.blogspot.com
fepoliticaetrabalho@gmail.com


Local: 
Caxias do Sul - Centro de Formação Pastoral - Bairro Colina Sorriso

Realização:
Unisinos + IHU (Instituto Humanitas) + Diocese de Caxias + Cáritas Caxias


Certificação:

Unisinos - Instituto Humanitas - www.ihu.unisinos.br

Investimento:

R$ 100 por etapa - partilhados entre o participante (R$ 30), sua comunidade ou entidade (R$30) e a Diocese (R$ 40)
O valor inclui hospedagem, refeições e materiais.


Inscrições:

Até 08 de março:
Você pode se inscrever numa destas 3 formas:
- em http://www.diocesedecaxias.org.br/site/escola_fe_politica_trabalho_14.php
- ou enviando os dados (conforme ficha no saite) para fepoliticaetrabalho@gmail.com

- enviando a ficha de inscrição para a Coordenação Diocesana de Pastoral;

Centro Diocesano de Formação Pastoral:
Rua Emílio Ataliba Finger 685 B.Colina Sorriso
Caxias do Sul-RS  Fone (54) 3211-5032


Escola de Formação Fé, Política e Trabalho
fepoliticaetrabalho@gmail.com
www.fepoliticaetrabalho.blogspot.com
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27/02/2014

"O amor não se conforma com a injustiça."



Curso da Escola de Formação
Fé, Política e Trabalho 2014


Período:
Um final de semana por mês, de março a dezembro de 2014

Etapas, temáticas, professores e mais informações:
http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/p/fe-politica-e-trabalho-2014ano11.html
www.fepoliticaetrabalho.blogspot.com
fepoliticaetrabalho@gmail.com


Local: 
Caxias do Sul - Centro de Formação Pastoral - Bairro Colina Sorriso

Realização:
Unisinos + IHU (Instituto Humanitas) + Diocese de Caxias + Cáritas Caxias


Certificação:

Unisinos - Instituto Humanitas - www.ihu.unisinos.br

Investimento:

R$ 100 por etapa - partilhados entre o participante (R$ 30), sua comunidade ou entidade (R$30) e a Diocese (R$ 40)
O valor inclui hospedagem, refeições e materiais.


Inscrições:

Até 08 de março:
Você pode se inscrever numa destas 3 formas:
- em http://www.diocesedecaxias.org.br/site/escola_fe_politica_trabalho_14.php
- ou enviando os dados (conforme ficha no saite) para fepoliticaetrabalho@gmail.com

- enviando a ficha de inscrição para a Coordenação Diocesana de Pastoral;

Centro Diocesano de Formação Pastoral:
Rua Emílio Ataliba Finger 685 B.Colina Sorriso
Caxias do Sul-RS  Fone (54) 3211-5032


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37ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul

37ª Romaria da Terra do Rio Grande do Sul
>> 4 de março
>>>> Assentamento Lagoa do Junco, Tapes


Tema: Reforma Agrária, Cooperação e Agroecologia
Lema: "Cultivar Vida Saudável"

A Romaria da Terra é um convite para a luta. Um convite para celebrar as conquistas no cuidado da Terra e na promoção da vida, as experiências concretas de agroecologia, de partilha, de economia solidária, de preservação da Terra como lugar de convívio e de promoção da vida de todos os seres e não como Terra de negócios e exploração e de esgotamento em vista do lucro. É um convite para firmamos a opção pela Terra como espaço mínimo para assentar a vida. E termos presente de que a questão agrária é algo que diz respeito a todos, tanto aos que vivem na cidade, quanto aos que vivem no campo.

A comunidade de Tapes, em especial o Assentamento Lagoa do Junco, quer nessa 37ª Romaria celebrar e partilhar conosco toda vida e saúde produzida pela Mãe Terra em seus campos. De maneira particular, nos apresenta a Agroecologia de Tapes. Uma experiência inédita, dos Assentamentos de Colonos (de Reforma Agrária), construída através de muito trabalho e muita organização. Colonos industrializando a própria produção. Colonos oferecendo alimentos saudáveis, sem agrotóxicos de primeira linha. Uma experiência de Agricultura Familiar resultado da reforma agrária que dá certo, nos fazendo entender que Assentamento é antes de tudo um espaço de Vida onde se fortalece a solidariedade e os laços entre as famílias e onde se desenvolvem as potencialidades de produção de forma sustentável e sadia.

Na ocasião também acontece a XI Abertura da Colheita do Arroz Agroecológico.

Nossa Diocese está se organizando para estar presente em mais essa edição da Romaria da Terra. Reúnam vossos grupos, amigos e comunidades para estudar o tema da Romaria e organizarem vossas caravanas. Participemos juntos desta grande celebração da Vida renovando nosso compromisso de cuidar e proteger a Mãe Terra.

Procurem informações nas paróquias, sindicatos, pastorais e participem.

Maiores informações podem ser obtidas junto ao Centro Diocesano de Pastoral:
(54) 3211 5032
diocesedecaxias.pastoral@gmail.com

Outros detalhes sobre o encontro e subsídios podem ser encontrados em:
http://cptdors.blogspot.com.br/p/romaria-da-terra.html

Fonte: http://www.diocesedecaxias.org.br/site/conteudo_noticias.php?cod_noticia=2216




37ª Romaria da Terra

 

No dia 4 de março de 2014, acontecerá a 37ª Romaria da Terra no Assentamento Lagoa do Junco, cidade de Tapes, Arquidiocese de Porto Alegre. Serão refletidos: o tema “Reforma Agrária, Cooperação e Agroecologia” e o lema “Cultivar Vida Saudável”.

Nos dia 2 e 3 de março, dias que antecedem a Romaria, acontecerão:

1) o Acampamento Jovem da Romaria da Terra, no Assentamento Lagoa do Junco;

2) celebrações, confraternização e preparação para participar da 37ª Romaria da Terra.

 

Programa da 37ª Romaria da Terra no dia 4/3:

7h - Acolhida no Assentamento Lagoa do Junco.

8h - Início da Romaria - caminhada, abertura da colheita do arroz ecológico - celebração.

12h -  - Almoço com partilha de alimentos.

15h30 - “Bênção do Envio” e anúncio da próxima romaria.

 

 

Diocese em Comunicação Fev 2014


Fonte: http://www.diocesedecaxias.org.br/site/conteudo_noticias.php?cod_noticia=2235

26/02/2014

"trabalho numa área bem tecnológica"


Curso da Escola de Formação
Fé, Política e Trabalho 2014


Período:
Um final de semana por mês, de março a dezembro de 2014

Etapas, temáticas, professores e mais informações:
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Caxias do Sul - Centro de Formação Pastoral - Bairro Colina Sorriso

Realização:
Unisinos + IHU (Instituto Humanitas) + Diocese de Caxias + Cáritas Caxias


Certificação:

Unisinos - Instituto Humanitas - www.ihu.unisinos.br

Investimento:

R$ 100 por etapa - partilhados entre o participante (R$ 30), sua comunidade ou entidade (R$30) e a Diocese (R$ 40)
O valor inclui hospedagem, refeições e materiais.


Inscrições:

Até 08 de março:
Você pode se inscrever numa destas 3 formas:
- em http://www.diocesedecaxias.org.br/site/escola_fe_politica_trabalho_14.php
- ou enviando os dados (conforme ficha no saite) para fepoliticaetrabalho@gmail.com

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25/02/2014

Franklin Martins | | TV Brasil

TV Brasil

Na série em comemoração aos 15 anos do programa, o
Observatório da Imprensa traz uma entrevista com o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da presidência da República, Franklin Martins.
O experimentado jornalista conversa com Alberto Dines, entre outros assuntos, sobre o marco regulatório da televisão no Brasil que, segundo ele, não existe no país.


Assiste o programa, clicando aí:
http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/franklin-martins


tecnociência, nanotecnologia,,biotecnologia, biopoder, saúde pública


Curso da Escola de Formação
Fé, Política e Trabalho 2014


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Um final de semana por mês, de março a dezembro de 2014

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Caxias do Sul - Centro de Formação Pastoral - Bairro Colina Sorriso

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Unisinos + IHU (Instituto Humanitas) + Diocese de Caxias + Cáritas Caxias


Certificação:

Unisinos - Instituto Humanitas - www.ihu.unisinos.br

Investimento:

R$ 100 por etapa - partilhados entre o participante (R$ 30), sua comunidade ou entidade (R$30) e a Diocese (R$ 40)
O valor inclui hospedagem, refeições e materiais.


Inscrições:

Até 08 de março:
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Legitimação da violência não!

Legitimação da violência não!

Júlio Souza* - Opinião

24/02/2014

No começo do mês, um adolescente foi preso nu a um poste e agredido a pauladas no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Os agressores se declararam “justiceiros”. Impossível crer que violentar alguém seja uma forma de justiça. Uma pessoa violentada tende a sentir raiva e ódio e, ao que tudo indica, se manterá no caminho tortuoso. Houve até jornalista, em rede nacional de televisão, que apoiou a atitude, que contraria leis brasileiras e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

De lá para cá, há uma série de casos similares registrados em vários estados do país. Na semana passada, conforme publicado pela Folha de S. Paulo, foram registrados espancamentos contra infratores da lei em cidades de Santa Catarina, Piauí e Goiás. Quem agride um indivíduo, seja ele infrator da lei ou não, transgride a legislação e deve responder por isso. Além disso, inconscientemente ou não, esse tipo de ação aumenta a incidência da violência urbana e dissemina um discurso de ódio que jamais será bem vindo. Em síntese, se a situação está ruim, agindo assim, vai piorar.

Em entrevista concedida a repórteres da Folha, o sociólogo José de Souza Martins, professor aposentado da USP, e que documenta linchamentos no país há mais de 20 anos, diz que “a sociedade civil está ficando progressivamente descontrolada”. Ele relata que, depois da midiatização intensificada dos casos, o número de ocorrências passou de uma por semana para a média de quatro por dia. Para Martins, a descrença nas instituições públicas motiva os linchamentos. E, para que haja redução nos casos, se faz necessário maior eficiência no trabalho da polícia na detenção dos criminosos, e a Justiça necessita ser mais ágil para julgar e condenar.

Mas, independentemente dessas condições, não há nada que torne legal o espancamento de outro indivíduo. Crer ou não crer no funcionamento dos poderes do Estado não dá autoridade a ninguém de se tornar um “justiceiro”, ir contra regras de cidadania ou contrariar atitudes que buscam promover a justiça entre os cidadãos, como o descrito na Declaração Universal dos Direitos Humanos. No artigo quinto do documento internacional, consta que nenhum ser humano será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. É claro, um indivíduo que assalta outro desrespeita direitos humanos. Mas não se pode entrar em uma onda de “pagar” crime com crime, sob pena de termos uma sociedade ainda mais problemática.

Há pessoas que se posicionam de maneira contrária aos Direitos Humanos. Quem é contrário apóia que tipo de atitude? Ao que parece, os que contrariam não leram os 30 artigos da Declaração, publicada em setembro de 1948. E se leram, não entenderam a proposta. De fato, há um distanciamento do estado formal para o estado real no que se refere à aplicação dos enunciados contidos no documento. Ela ainda é muito desconhecida e desrespeitada ao redor do mundo, mas, se conhecida e praticada, é um bom parâmetro para promover igualdade. Pode-se pontuar que essa contrariedade, geralmente, se dá contra indivíduos detidos pelo cometimento de delitos comuns nas periferias ou que vivem nelas. Esquecem que há infratores nas camadas mais abastadas da sociedade e que, se houver “coerência” dos tais “justiceiros”, em algum momento, os abastados também serão presos e espancados em espaço público.

Não é possível ser a favor da legitimação da violência. Não, os violentados não são cidadãos exemplares. Mas isso não legitima o fato de serem agredidos. Cedo ou tarde, há o Poder Judiciário para julgá-los. O presidente da OAB em Goiás, Henrique Tibúrcio, declarou em entrevista a Folha que “a população se sente insegura, mas ela não pode fazer justiça com as próprias mãos e engrossar estatísticas de violência”. O assunto é complexo, mas, uma coisa é certa: não será resolvido com violência. Historicamente ela nunca resolveu. Com esse tipo de atitude irracional, corre-se o risco de legitimar na sociedade uma prática bárbara e ineficiente, onde todos têm a perder.


* Jornalista, radialista e locutor publicitário. Camaquense, que vive, atualmente, em Caxias do Sul na Serra Gaúcha. -
Foi participante da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho.

Fonte: Júlio Souza/Colunista

http://www.cliccamaqua.com.br/colunista/15,0,21/legitimacao-da-violencia-nao.html