É
fundamental conhecer o nosso passado e assim compreendendo os fatos podemos entender o momento que vivemos e
raciocinar no que pode vir acontecer.
Pensando
desta forma é que a Escola de Fé, Política e Trabalho da Diocese de Caxias do
Sul, que é coordenada pela Cáritas e com apoio do Instituto Humanitas (IHU), apresentou
como tema para esta segunda etapa “Visão histórica dos projetos de nação
brasileira a partir de 1930” e contou com a assessoria da professora Dra.
Eloísa Capovilla da Luz Ramos – Unisinos.
Optamos
começar por 1930 com a chegada de Getúlio Vargas ao poder central porque com
ele acontece uma ruptura no modelo econômico e político no país.
Não mais a
economia exclusivamente voltada para
agricultura e pecuária e politicamente centrada no eixo São Paulo-Minas Gerais,
chamada política café com leite, mas agora com uma visão de industrialização de
bens de consumo (geladeiras, ventiladores...) geração de empregos urbanos,
empresas de base. Surgem grandes companhias como a Petrobras, Companhia Vale do
Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional e com elas as novas leis trabalhistas.
Cresce a consciência de construir uma nação, fortalecendo partidos, não mais
regionais, mas com abrangência nacional, conquista do voto feminino.
Depois de
Getúlio Vargas assume Juscelino Kubistheck que atrai as montadoras de veículos
para o país, que por sua vez necessita de estradas para seus caros rodarem,
constrói Brasília.
Durante
o governo Jânio Quadros/João Goulart acontece o golpe militar, instala-se uma
ditadura e mesmo com um processo desenvolvimentista para o país com a
construção da Itaipu, Transamazônica, avanços nos territórios para agricultura
percebe-se que este grupo não tem o mesmo projeto de nação dos governos
anteriores.
Calam-se vezes, seja pela censura, seja pela morte, aprisiona-se a
jovem democracia, fecha-se o Congresso, governa-se de coturno seguindo a
cartilha estabelecida pelos Estados Unidos.
Passado
este período temos o processo de redemocratização, que ainda estamos aprendendo
e construindo, chegando a este novo momento com moeda e economia estabilizada,
investimento em educação e luta para diminuir as enormes desigualdades sociais
que temos em nosso país.
A
medida que avançávamos na análise, éramos convidados a perceber como os
governos e suas ações interferiam na cultura – música, teatro, cinema, e no
comportamento da imprensa. Tudo com o peculiar bom humor da professora Eloísa.
A
próxima etapa acontece nos dias 19 e 20 de maio e o tema será: “Projetos
políticos para o Brasil e o nivelamento programático dos partidos políticos”. E
terá como assessor o professor Dr. César Sanson, do Cepat – Centro de Pesquisa e
Apoio aos Trabalhadores - Curitiba e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte _ UFRN.
Texto: José Antônio Somensi (Zeca)
Fotos: Lisiane Zago e Fernanda Seibel
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