Texto: José Antônio Somensi (Zeca)
Fotos: M. Fernanda M. Seibel
Nos
dias 20 e 21 de abril, nas dependências do Centro Diocesano de
Pastoral, aconteceu a segunda etapa da Escola de Formação Fé,
Política e Trabalho 2013 – décima edição. A Escola é uma
iniciativa da Cáritas de Caxias do Sul e conta com a parceria do
Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
O
tema proposto para esta etapa foi: “Visão histórica dos
projetos de nação brasileira a partir de 1930” e contou com a
assessoria da prof. Dra. Eloísa Capovilla da Luz Ramos
(Unisinos).
O
fato de iniciar em 1930, no entender da professora Eloísa, é que
neste período, com ascensão de Getúlio Vargas ao poder central, se
estabelece ações que marcam a construção de um grande projeto
de nação. Quebra-se a hegemonia São Paulo-Minas Gerais na
chamada política café com leite e a visão baseada na questão
agropastoril e busca a construção de uma economia industrial
gerando empregos na cidade, criando as leis trabalhistas e um
sentimento de nação que passa também pela cultura através de
músicas, danças que deixam de ser regionais e assumem o caráter de
país. Surgem grandes companhias como a Petrobras, Companhia Vale do
Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional e com elas as novas leis
trabalhistas. Ainda, há o fortalecimento dos fortalecendo partidos,
não mais regionais, mas com abrangência nacional, e o voto
feminino.
Depois
de Getúlio Vargas assume Juscelino Kubistheck que trabalha
para a implantação de indústrias automobilísticas, abre o país
para o capital estrangeiro e constrói Brasília.
Durante
o governo Jânio Quadros/João Goulart acontece o golpe militar,
instala-se uma ditadura e mesmo com um processo
desenvolvimentista para o país com a construção da Itaipu,
Transamazônica, avanços nos territórios para agricultura
percebe-se que este grupo não tem o mesmo projeto de nação dos
governos anteriores.
Repassamos
o período triste de nossa história com a ditadura militar, com o
cerceamento da liberdade, calando, seja pela censura, seja pela morte
ou pelo desaparecimento. Aprisiona-se a jovem democracia. Há o
fechamento do Congresso, governa-se
de coturno seguindo a cartilha estabelecida pelos Estados Unidos. Há
formas de resistência como a guerrilha. São realizadas grandes
obras como Itaipu e Transamazônica.
Passado
este período temos o processo de redemocratização, que ainda
estamos aprendendo e construindo, chegando a este novo momento
com moeda e economia estabilizada, com programas sociais,
investimento em educação e luta para diminuir as enormes
desigualdades sociais que temos em nosso país.
A
medida que avançávamos na análise, éramos convidados a perceber
como os governos e suas ações interferiam na cultura (música,
teatro, cinema) e como a imprensa se posicionou e posiciona.
...
A
próxima etapa acontece nos dias 18 e 19 de maio com os temas:
Mídia, educação e democracia, com a assessoria do professor
Dr. Pedrinho Guareschi (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Projeto de uma sociedade
sem exclusão a partir da Bíblia, com a assessoria do professor
Dr. Pedro Kramer (FAPAS - Faculdade Palotina de Santa Maria).
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