Texto:
José Antônio Somensi (Zeca)
Fotos:
Edília Santa Catarina Menin e Fernanda Seibel
A
Escola de Formação Fé, Política e Trabalho que tem a coordenação
da Cáritas Caxias com o apoio de Diocese de Caxias do Sul e em
parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU – realizou no
Centro Diocesano de Formação Pastoral a sua nona etapa.
No
sábado, 9 de novembro, iniciamos com o vídeo comemorativo aos 10
anos da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho e depois
passamos para o tema “Os fundamentos éticos de uma consciência
planetária” e contou com a assessoria da professora Ms. Ana
Maria Formoso – Unilasalle.
E que a partir da apresentação da Carta da Terra com os seus quatros princípios:
E que a partir da apresentação da Carta da Terra com os seus quatros princípios:
1º
Respeitar e cuidar da Comunidade de vida através do respeito a
Terra e a vida em toda sua diversidade, Cuidando da comunidade da
vida com compreensão, compaixão e amor, Construindo sociedades
democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e
pacíficas assegurando a generosidade e a beleza da Terra para as
atuais e às futuras gerações;
2º
Integridade Ecológica protegendo a restaurando a integridade dos
sistemas ecológicos da Terra com atenção à diversidade biológica,
prevenindo o dano ao ambiente como melhor método de proteção
ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura
de precaução, adotando padrões de produção, consumo e reprodução
que proteja, mas capacidades regenerativas da Terra, avançando no
estudo da sustentabilidade ecológica, promovendo o intercâmbio
aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido;
3º
Justiça Social e Econômica erradicando a pobreza como
imperativo ético, social e ambiental, garantindo que as atividades e
instituições econômicas promovam o desenvolvimento humano de forma
eqüitativa e sustentável, afirmando a igualdade e eqüidade dos
gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e
que assegure o acesso universal à educação, assistência de saúde
e às oportunidades econômicas, defendendo, sem discriminação, os
direitos de todas as pessoas a saúde corporal e o bem-estar
espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas
e minorias;
4º
Democracia, não-violência e paz fortalecendo as instituições
democráticas em todos os níveis, integrando, na educação formal e
na aprendizagem conhecimentos, valores e habilidades necessárias
para um modo de vida sustentável, tratando todos os seres vivos com
respeito e consideração, promovendo uma cultura de tolerância,
não-violência e paz nos chama a atenção para que a mudança que
queremos passa por uma mudança ética.
A
partir destes princípios, a professora Ana Formoso, considerando a
complexidade, onde nada é tudo ruim ou tudo bom, tendo a necessidade
de construir uma democracia participativa e criando um grande
processo de governabilidade-parcerias entre todos os envolvidos - a
Carta da Terra se torna plausível a partir das experiências dos
índios quéchua equatoriano e aimará boliviano com a proposta do
‘Bem Viver’ que passa por uma saúde pública eficiente e com
cuidados com a Terra e a vida.
É
preciso fazer rupturas, desconstruir certas situações econômicas,
de crescimento, pobreza, marcando posição contra o Banco Mundial;
questionar a hegemonia do dólar como referência diária;abandonar a
ideia de desenvolvimento que não leva em conta as ‘cosmovisões’
dos povos.
Bem-viver
é uma forma diferente de relação entre sociedade e a natureza, e a
sociedade e suas diferenças, na qual a individualidade egoísta deve
se submeter a um princípio de responsabilidade social e compromisso
ético com uma nova visão da natureza, sem ignorar os avanços
tecnológicos nem os avanços em produtividade, mas sim projetando-os
no interior de um novo contrato com a natureza como parte de sua
própria dinâmica, como fundamento e condição de possibilidade de
sua existência no futuro.
O importante
e necessário hoje é trabalharmos que não devemos e não queremos
lutar pela igualdade, mas pela valorização das diferenças
num processo de alteridade onde ser homem / mulher deve ser uma
construção não uma convenção histórica ou definida dentro de
padrões midiáticos que dita as normas de padrões para os corpos,
principalmente os femininos.
Ainda, Cleusa lembrou que “As
palavras nunca são inocentes no seu significado”.
Também
no domingo iniciamos as inscrições
para a Escola de Fé, Política e Trabalho 2014 – Ano 11,
e os/as interessados/as devem fazer suas inscrições até dia 6 de
março de 2013. Mais informações em:
www.fepoliticaetrabalho.blogspot.com
e fepoliticaetrabalho@gmail.com.
A
décima e última etapa da Escola de 2013 acontecerá nos dias
7 e 8 de dezembro, com o tema “O Ensino Social da Igreja
e os desafios do desenvolvimento humano, econômico, técnico e social. A dimensão da fé como inspiradora da militância cristã para a prática da justiça social, da
ética, da política e da solidariedade”. E contará com a
assessoria do professor Ms Flávio Guerra – ESTEF –
Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana.
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