13/04/2014

Visão histórica dos projetos de nação brasileira

Texto: José Antônio Somensi (Zeca)
Fotos: M. Fernanda M. Seibel


Nos dias 12 e 13 de abril, nas dependências do Centro Diocesano de Pastoral, aconteceu a segunda etapa da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho 2013 – décima edição. A Escola é uma iniciativa da Cáritas de Caxias do Sul e conta com a parceria do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
O tema proposto para esta etapa foi: “Visão histórica dos projetos de nação brasileira a partir de 1930” e contou com a assessoria da prof. Dra. Eloísa Capovilla da Luz Ramos (Unisinos).

O fato de iniciar em 1930, no entender da professora Eloísa, é que neste período, com ascensão de Getúlio Vargas ao poder central, se estabelece ações que marcam a construção de um grande projeto de nação. Quebra-se a hegemonia São Paulo-Minas Gerais na chamada política café com leite e a visão baseada na questão agropastoril e busca a construção de uma economia industrial gerando empregos na cidade, criando as leis trabalhistas e um sentimento de nação que passa também pela cultura através de músicas, danças que deixam de ser regionais e assumem o caráter de país. Surgem grandes companhias como a Petrobras, Companhia Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional e com elas as novas leis trabalhistas. Ainda, há o fortalecimento dos fortalecendo partidos, não mais regionais, mas com abrangência nacional, e o voto feminino.

Depois de Getúlio Vargas assume Juscelino Kubistheck que trabalha para a implantação de indústrias automobilísticas, abre o país para o capital estrangeiro e constrói Brasília.

Durante o governo Jânio Quadros/João Goulart acontece o golpe militar, instala-se uma ditadura e mesmo com um processo desenvolvimentista para o país com a construção da Itaipu, Transamazônica, avanços nos territórios para agricultura percebe-se que este grupo não tem o mesmo projeto de nação dos governos anteriores.

Repassamos o período triste de nossa história com a ditadura militar, com o cerceamento da liberdade, calando, seja pela censura, seja pela morte ou pelo desaparecimento. Aprisiona-se a jovem democracia. Há o fechamento do Congresso, governa-se de coturno seguindo a cartilha estabelecida pelos Estados Unidos. Há formas de resistência como a guerrilha. São realizadas grandes obras como Itaipu e Transamazônica.
Ainda, no momento de mística, tivemos o depoimento do Sr. Orlando Michelli, sobre a ditadura militar.

Passado este período temos o processo de redemocratização, que ainda estamos aprendendo e construindo, chegando a este novo momento com moeda e economia estabilizada, com programas sociais, investimento em educação e luta para diminuir as enormes desigualdades sociais que temos em nosso país.

A medida que avançávamos na análise, éramos convidados a perceber como os governos e suas ações interferiam na cultura (música, teatro, cinema) e como a imprensa se posicionou e posiciona.

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A próxima etapa acontece nos dias 17 e 18 de maio com os temas: "Da alienação à conscientização para uma prática transformadora da realidade", com a assessoria do professor Pós-Dr. Pedrinho Guareschi (UFRGS); e "O projeto de uma ética planetária", com a assessoria do professor Pós-Dr. Luiz Carlos Susin (PUC).

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