16/07/2016

O bem-viver e a decisão fundamental em Mt 6,19-34[1]

O bem-viver e a decisão fundamental em Mt 6,19-34[1]

Ildo BohnGass (*)

É preciso criar mundos de felicidade com poucas coisas, com sobriedade. Refiro-me a viver com bagagem leve, a não viver escravizado pela renovação consumista permanente que é uma febre e obriga a trabalhar e trabalhar para pagar contas que nunca terminam. Não se trata de uma apologia da pobreza, mas de um elogio à sobriedade (Pepe Mujica, presidente do Uruguai –Dezembro de 2013).

Resumo
Partindo da proposta do bem-viver dos povos andinos, vamos para o texto central do Sermão da Montanha de Mateus (Mt 6,19-34). Inicialmente, situamos o texto no contexto do Sermão do Monte. Depois, vemos como Jesus propõe a busca do reinado de Deus e de sua justiça, enquanto projeto estrutural que garante dignidade para todas as pessoas. Para optar por esse projeto, é preciso superar o sistema cuja meta é o acúmulo de Dinheiro. E para viver a nova justiça do reinado de Deus, faz-se necessário ter um coração novo e olhos sãos.
Palavras-chave: Bem-viver, riqueza, Dinheiro, serviço ao reinado de Deus, justiça, preocupação.

Introdução
Nesta reflexão, vamos ir ao texto de Mateus 6,19-34 a partir da preocupação em torno da necessidade de buscarmos um novo estilo de vida, um novo jeito de estabelecer relações com todas as criaturas, de modo que possamos recuperar a vida como obra de arte que é bela e precisa ser vivida intensamente e com um sentido profundo.
Os povos andinos nos ajudam a resgatar essa convivência cidadã, harmoniosa com as pessoas, com toda a natureza. Deles aprendemos um novo paradigma de desenvolvimento e que questiona a forma como atualmente produzimos e consumimos. Sua proposta de bem-viver busca a justiça nas relações entre as pessoas e com a natureza. Propõe um consumo e produção sustentáveis e com base na vivência de formas de vida moderadas, com simplicidade, com o necessário para viver bem. Somente assim, as gerações futuras poderão desfrutar de uma vida digna.
Na proposta do bem-viver, a vida está em primeiro lugar. O cuidado da vida tem como base os valores do amor e da misericórdia, da solidariedade e da justiça. E os frutos que brotam desses fundamentos são a paz, a harmonia e a felicidade.
Numa sociedade com essa base, superam-se as desigualdades de classe, de gênero, de gerações, étnicas e ecológicas. A liberdade e o respeito ao diferente são marcas desse novo estilo de vida.
Tal como os povos indígenas, também Jesus de Nazaré propunha o caminho do bem-viver. Vamos olhar mais de perto como isso está presente no coração do Sermão da Montanha segundo Mateus. Ali Jesus nos propõe uma opção fundamental em meio à realidade dialética da vida em que há dois polos em tensão permanente. Importa realçar o caminho da justiça, de modo que a injustiça não se sobreponha. No texto, o caminho de Deus é caracterizado como tesouro no céu, olho são, luz e justiça, enquanto o caminho da riqueza idolatrada é apresentado como tesouro na terra, olho doente, trevas e preocupação por comida, bebida e roupa.

1. O lugar de Mt 6,19-34 no Sermão da Montanha
O evangelho segundo Mateus está organizado em sete partes. No início, temos o evangelho da infância (Mt 1–2 ) e, no final, os relatos da paixão, morte e ressurreição de Jesus (Mt 26–28).
Entre esses dois blocos, os editores deste evangelho organizaram cinco livros: Mt 3–7; 8–10; 11,1–13,52; 13,53–18,34 e 19–25. A intenção terá sido apresentar a boa nova de Jesus como a nova lei, a plenificação da antiga lei constante nos cinco livros do Pentateuco.
Cada um desses cinco livros vem dividido em duas partes. A primeira é narrativa, versando sobre a prática de Jesus e sua interação com seus interlocutores. A segunda parte é discursiva, isto, apresenta Jesus dando instruções em forma de discursos e de parábolas.
O texto que aqui estudamos se encontra no primeiro livro: Mt 3–7. Nele, a parte narrativa está nos capítulos 3 e 4, ao passo que o sermão está nos capítulos 5 a 7. É o Sermão da Montanha. Ele deve ser lido tendo como pano de fundo a doação da lei a Moisés no monte Sinai. E nosso texto está no coração desse sermão. Mt 5 apresenta o novo modo de ser da comunidade cristã como alternativa ao modo de vida dominante. É um caminho de vida. Já Mt 7 é um chamado a trilhar por esse caminho que leva à vida.
Entre esses dois capítulos, encontramos o centro do Sermão da Montanha. Seu conteúdo revela o rosto da economia que gera vida. Na primeira parte deste capítulo, percebemos que da economia de Deus fazem parte a solidariedade para com os mais pobres, a partilha do pão cotidiano, o perdão das dívidas e a gratuidade (Mt 6,1-18).
A segunda parte de Mt 6 trata do projeto de Deus em confronto com o projeto de quem serve ao dinheiro (Mt 6,19-34). É o texto que vamos meditar. Aqui, Jesus vai ao ponto central da nossa condição humana: deixar-se levar pela cobiça e servir à riqueza ou deixar-se conduzir pelo dinamismo do amor e servir a Deus? São dois modelos econômicos, duas formas de organizar a sociedade. Uma tem como base o poder da riqueza, que gera angústia, fome, preocupações e injustiças. A outra prioriza uma estrutura social que privilegia a justiça do reinado de Deus, gera dignidade, alegria e vida cidadã. Vamos por partes.
2. Optar pela justiça do reinado de Deus requer novo coração e novos olhos
Na sequência, olharemos mais de perto cada um dos trechos que compõem a segunda parte do centro do Sermão da Montanha. Neles, a comunidade de Mateus nos revela o rosto da economia de Deus. Não é um projeto econômico em que as pessoas gastam sua vida na luta pela sobrevivência, pelas necessidades fundamentais, tais como comer, beber e se vestir. Porém, Deus está preocupado com um projeto econômico em que sua vontade, sua justiça impregne um sistema que garanta a dignidade de todas as pessoas na satisfação dos direitos fundamentais à comida, à água e à roupa.
3. Um novo coração
Para estabelecer novas relações econômicas, faz-se necessário ter um novo coração, um coração liberto das riquezas, do acúmulo de bens, do desejo de ter sempre mais.
Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho destroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração (Mt 6,19-21).
O texto coloca em confronto duas formas de se relacionar com a economia. Uma é ajuntar tesouros na terra. A outra, tesouros nos céus. Aqui, o projeto da terra é uma referência aos interesses mundanos preocupados com o acúmulo de bens em celeiros. Foi assim que fez o homem rico da parábola lembrada em Lc 12,16-21. Sua terra produzira muito trigo. E ele o acumulou nos seus celeiros. Tudo reteve. Nada partilhou. Acumular tesouros é ser pobre para Deus, enquanto que partilhar os bens é ser rico para Deus (Lc 12,21).
Por outro lado, ajuntar tesouros nos céus é uma referência à prática econômica que está de acordo com Deus, com a sua justiça. E esse tesouro ninguém pode destruir nem roubar. Quem vive de acordo com os valores de Deus, a solidariedade e a partilha, este é rico para Deus.
São dois caminhos que estão diante de nós. É o conflito permanente que vivemos entre seguir a economia individualista, fechada no egoísmo consumista, ou a economia solidária, aberta à partilha num estilo de vida simples, mas de muita dignidade. Para tomar a decisão fundamental pela economia de Deus, Jesus nos ensinou a buscar, na comunhão profunda com o Pai, os fundamentos do novo sistema econômico. Um sistema que garante o acesso às relações do reinado de Deus, de sua vontade, do pão partilhado, do perdão das dívidas, da superação das tentações que nos querem arrastar aos tesouros da terra, escravizando-nos. O Pai-nosso apresenta o caminho para conduzir nosso coração na lógica dos tesouros dos céus (Mt 6,9-13). Ao contrário, fechar-se para o Espírito de Deus é deixar que os tesouros mundanos conduzam nosso coração, tornando-o presa fácil da cobiça e da vontade de colocar a segurança no acúmulo de bens.
4. Um novo olhar
Mas não basta ter um coração novo, liberto da cobiça, um coração de carne, como diria o profeta Ezequiel (Ez 36,26). É preciso também ter novos olhos, um olhar generoso e liberto do desejo ardente de acumular sem repartir. Esse é o olho mau, mesquinho.
A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se o teu olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado; mas, se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas (Mt 6,22-23).
Da mesma forma como o coração, também o olhar pode nos arrastar para a cobiça de riquezas. Como o coração pode ambicionar o que os olhos não veem? Não é por acaso que a sabedoria popular afirma: o que os olhos não veem, o coração não sente.
5. A decisão fundamental
E assim chegamos ao centro de nosso texto.
Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24).
Aqui, Jesus explicita o sentido da bem-aventurança dos pobres (Mt 5,3). Ser pobre em espírito é estar totalmente a serviço de Deus. É aderir a seu projeto, sendo livre, sem estar apegado às riquezas, ao poder, a seguranças. Ter espírito de pobre, de partilha e solidariedade é o oposto do espírito de rico, de acumulação de riquezas.
Dois são os caminhos fundamentais. Ou servimos aos tesouros da terra, ou nos colocamos a serviço dos tesouros dos céus. Como já vimos, ser rico para Deus é partilhar, é ser solidário. Essa é a prática dos servos de Deus, prontos para viver na simplicidade, no desapego e na sobriedade. Quando vivemos num sistema econômico justo, sem acúmulo, porém, com partilha e solidariedade, participação e cooperação, então é possível que todas as pessoas vivam dignamente. Na linguagem joanina, que elas tenham vida em abundância (Jo 10,10). Estar a serviço de Deus em seu caminho é ser discípulo, seguidor. E o sinal distintivo do discipulado é o amor: Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros (Jo 13,35).
Diferentemente, acontece numa estrutura econômica colocada a serviço da riqueza. Nosso texto usa a palavra mamona, aqui traduzida por dinheiro, como símbolo máximo da riqueza. Mamona é todo o poder econômico que produz morte. É a riqueza acumulada, endeusada. É o olho que cobiça, que deseja bens para guardar em celeiros. Do aramaico, mamona é uma referência a toda riqueza idolatrada, tornada fetiche. Segundo Houaiss, fetiche é qualquer objeto a que se atribui poder sobrenatural ou mágico e se presta culto. É claramente o caso do dinheiro. Ele não passa de papel ou metal como tantos outros papéis ou metais. Acontece que nós atribuímos tamanho poder a pedaços de metal e de papel que eles acabam fazendo de nós os seus escravos. Rendemo-nos a um poder fictício, mas que nós tornamos real, a ponto de não sermos mais livres; ele acaba nos governando, a tal ponto de a insônia por causa da riqueza consumir o corpo, e a preocupação que ela provoca consumir o sono (Eclo 31,1). Torna-se um ídolo que adoramos como nosso Deus. Temos a ilusão de que possuímos riquezas, quando na verdade são elas que nos possuem e nos governam. Não foi por acaso que as comunidades pós-paulinas escreveram: Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro (1Tm 6,10). A cobiça é a mãe de todos os males. A cobiça é idolatria (cf. Cl 3,5).
Jesus já tinha isso muito claro. Ele tinha consciência de que os dois projetos, o reinado de Deus e o reinado do dinheiro, são irreconciliáveis. Um gera violência, fome, injustiça. O outro promove ternura, dignidade e justiça. Por isso, Jesus disse: Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.
6. A nova justiça
A partir de agora, o texto passa a descrever as práticas do serviço a Deus. E o eixo dessa prática é a vivência da justiça de Deus:
Por isso, voz digo: Não vos preocupeis com a vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber, nem com o vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? Quem dentre vós, preocupando-se, pode prolongar, por pouco que seja, a duração da sua vida? E com a roupa, por que vos preocupais? Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não se matam de trabalhar, nem fiam. E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em todo o seu esplendor, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, gente fraca na fé? Por isso, não vos preocupeis, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir? De fato, são os gentios que estão à procura de tudo isso: o vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas estas coisas. Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua a justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal (Mt 6,25-34).
É interessante perceber que seis vezes o texto repete o verbo preocupar, tornar-se apreensivo, ter preocupação, afanar-se, estressar-se. De um lado, as pessoas que acumulam bens têm a preocupação de proteger-se conta carunchos, traças ou ladrões. Vivem preocupadas, encasteladas em suas fortalezas. Em sua ilusão, não vivem em paz. De outro lado, sabemos que uma sociedade que se estrutura para garantir, sob todos os meios, o acúmulo de propriedades e de bens é intrinsecamente injusta, causando miséria e violência. Dessa forma, também gera preocupação e angústia nas pessoas que não têm o que comer, beber ou com que se vestir.
Jesus sabe do significado do pão, da água e das vestimentas na vida do povo. Sabe também que o povo anda preocupado com o que comer, beber e se vestir. E igualmente tem consciência de que a questão vai além da luta pelas necessidades imediatas. Por um lado, Jesus convida a seguir o exemplo das aves, que rejeitam acumular em celeiros, e dos lírios do campo, que recusam o luxo dos poderosos, como Salomão. Por outro, pede que confiemos no Pai celeste, pois ele sabe que tendes necessidade de todas estas coisas (Mt 6,32).
Confiar e entregar-se à providência de Deus é uma atitude fundamental. Mas não é suficiente. Por isso, Jesus vai mais longe. Ele sabe que a fome é consequência de uma sociedade injusta que não quer partilhar. O problema é sistêmico, estrutural. Certamente, as esmolas, uma forma de partilha, ajudam a minimizar a fome. Por isso, Jesus também recomenda dar esmolas, contanto que sejam com gratuidade e sem esperar elogios ou recompensas (Mt 6,1-4).
Mas esmolas não resolvem o problema na raiz. Não atingem a causa da pobreza, que é a injustiça social. E Jesus sabe disso. Essa é a razão por que insiste em não consumir todas as energias na luta diária para satisfazer as necessidades básicas. Há uma luta maior. E essa luta é por um projeto de sociedade, de novas estruturas que garantam a todas as pessoas o acesso aos bens básicos para ter vida em abundância, vida digna. Por isso, Jesus nos convoca com um imperativo: Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua a justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6,33). É um projeto novo, com novas estruturas, mais justas, embora simples, sem roupas luxuosas, sem celeiros para acumular. Buscar o Reino de Deus e sua a justiça é viver como o próprio Deus, é imitar Deus. É viver em conformidade com sua vontade. Portanto, sede íntegros como vosso Pai celeste é íntegro (Mt 5,48). Então, já não precisaremos nos deixar levar pela insegurança de um sistema injusto e gerador de morte, de preocupações sem conta. Assim, percebemos que confiar na providência divina não é um convite à acomodação. Essa confiança em Deus precisa ser mediada por uma sociedade organizada na base da justiça.
Jesus recorda-nos de que as preocupações excessivas com comida, bebida e roupa, ou ainda outras coisas, impedem que desfrutemos cada momento da vida que Deus nos concede. Ele nos convida a espelhar-nos nas aves e nas plantas. Deus cuida de todas elas e lhes providencia o necessário. É preciso confiar no amor de Deus e na solidariedade das pessoas. Então, não faz sentido a preocupação excessiva com o dia de amanhã. Nesse sentido, o texto nos convida a viver com o suficiente, na partilha. Convida-nos a buscar o significado mais profundo da vida no que é essencial. E a essência é ocupar-se com o Reino de Deus e sua a justiça.

Conclusão
No seu blog em janeiro de 2013[2], Leonardo Boff anotou alguns pontos que considera fundamentais para seguirmos neste caminho proposto por Jesus, a opção fundamental pela justiça do reinado de Deus, com vista ao cuidado da vida na terra e garantir a sobrevivência de nossa civilização.
Entre outros pontos, Boff anotou: superação da ditadura da razão, principal responsável pela devastação da natureza; fortalecimento da economia solidária e agroecológica; forma de produção com a natureza e não contra ela; biorregionalismo que se apresenta como alternativa à globalização homogeneizadora; o equilíbrio entre as pessoas e com a natureza com respeito aos direitos e à diversidade; sobriedade e simplicidade no estilo de vida para fazer frente ao desejo obsessivo de consumir; protagonismo das mulheres e dos povos indígenas que apresentam formas mais solidárias de produção e de consumo; desenvolvimento de atitudes como o cuidado, a sustentabilidade e a ética da responsabilidade; resgate de uma espiritualidade que leve a sentir-nos parte da criação com a missão de cultivá-la e dela cuidar.
E ainda poderíamos acrescentar muitas outras atitudes que nos ajudam a preservar e cuidar da vida. Atitudes como o respeito e a cooperação, a reciprocidade e a escuta, o diálogo e a não violência, evitar o desperdício, viver na simplicidade e com o suficiente. Acima de tudo, porém, engajar-nos na luta por uma sociedade estruturalmente justa e promotora de vida, superando o sistema injusto que prioriza o capital, a riqueza e o individualismo.
Concluímos, lembrando um dito de Mahatma Gandhi: necessitamos viver simplesmente para que os outros possam simplesmente viver.

Referências
BÍBLIA DE JERUSALÉM: Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1976.
BÍBLIA DO PEREGRINO: Novo Testamento. Luís Alonso Schökel. São Paulo: Paulus, 2000.
BOHN GASS, Ildo. As preocupações nossas de cada dia. A Palavra na Vida, n. 277, São Leopoldo: CEBI, p. 31-37, 2011.
LOCKMANN, Paulo. Uma leitura do Sermão do Monte (Mt 5–7): O Sermão do Monte no evangelho de Mateus. Ribla, n. 27, Petrópolis: Vozes, p.48-55, 1997.
MESTERS, Carlos. "Ouvi o clamor do meu povo!": Estudos bíblicos de Mt 5–9. Estudos Bíblicos, n. 26, Petrópolis: Vozes, p.61-69, 1990.
RICHARD, Pablo. Evangelho de Mateus: uma visão global e libertadora. Ribla, n. 27, Petrópolis: Vozes, p.7-28, 1997.
STORNIOLO, Ivo. Como ler o Evangelho de Mateus: O caminho da justiça. São Paulo: Paulus, 1991, 214 p.
SILVA, Clemildo Anacleto da. "Não se preocupem com a vida..." Estudos Bíblicos, n. 63, Petrópolis: Vozes, p.63-72, 1999.
VAAGE, Leif. Jesus economista no evangelho de Mateus. Ribla, n. 27, Petrópolis: Vozes, p. 116-133, 1997.

(*) Ildo BohnGass é secretário de Formação do CEBI, estudou Teologia e fez especialização em Bíblia na Faculdades EST de São Leopoldo, RS.
[1] Artigo publicado da Revista Estudos Bíblicos. Petrópolis: Vozes, número 118-2013.


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