15/10/2016

MEMÓRIA e DEMOCRACIA

MEMÓRIA e DEMOCRACIA

 MEMÓRIA
"é a aquisição, conservação e evocação de informações. A aquisição se denomina também aprendizado. A evocação também se denomina recordação ou lembrança. Só pode ser avaliar a memória pela evocação. A falta de evocação denomina-se esquecimento ou olvido." (Izquierdo, 2009)

Compreendemos MEMÓRIA, como uma "ferramenta" de construção social da realidade, dos processos e dos seus sujeitos. A memória articula o passado, o presente e o futuro; articula também as lógicas racionais e emocionais, e, por isso, as objetivações e as subjetivações pessoais, grupais, comunitárias e societárias.

Vani Moreira Kenski diz que "... a memória dos sujeitos vem sendo encarada, por várias instâncias sociais e culturais, como o depósito e a fonte mais significativa da "verdade", capaz de definir os destinos individuais e coletivos dentro da sociedade"(KENSKI, 1997, p. 138).
A memória se constitui como um pilar importante da história, da formação e da ampliação da cidadania e da democracia.

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DEMOCRACIA

diz respeito ao "governo do povo, de todos os cidadãos" (BOBBIO, 2000, p. 319). A democracia é também reconhecida, desde suas origens, como sistema de governo da maioria, assegurados os direitos da minoria (OLIVEIRA, 2004b).

Essas referências apontam a indissociabilidade entre democracia e cidadania, ou seja, democracia não se constrói sem a cidadania, assim como a cidadania não se constrói sem a democracia.

Vivemos em um tempo de fragilizações, tanto da cidadania, quanto da democracia. Oliveira (2004) considera inclusive que a ameaça da democracia brasileira, que carrega uma herança antidemocrática, não vem da falta de institucionalidade do Estado, mas da força do capitalismo globalizado, que utiliza-se do Estado, da sociedade e da democracia para a sua afirmação, negando, inclusive, a autonomia dessas esferas.

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