30/11/2016
Advento, deixa-te surpreender
Seminário Estadual “Comunicação, Democracia e Resistência” começa nesta quinta
Começa nesta quinta-feira (1º), às 9h, o Seminário Estadual "Comunicação, Democracia e Resistência", no auditório da Fetrafi-RS (Rua Fernando Machado, 820), no centro de Porto Alegre. Após a solenidade de abertura, terá início a primeira mesa temática "O Brasil e a Comunicação que queremos", com o sociólogo Emir Sader e o professor e pesquisador Pedrinho Guareschi. O evento conta com 150 inscritos, dentre jornalistas, dirigentes sindicais e ativistas sociais.
O evento é organizado pela CUT-RS, Sindicato dos Jornalistas (Sindijors), Sinpro-RS, Fetrafi-RS e Federação dos Metalúrgicos (Ftm-RS), em parceria de várias federações e sindicatos estaduais, com o apoio da CUT Nacional, Escola Sul da CUT e do Comitê Gaúcho do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Estará presente o secretário nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa.
Painel com Franklin Martins
As inscrições foram encerradas por falta de espaço no auditório, mas quem não conseguiu poderá participar do painel com o jornalista e ex-ministro Franklin Martins, que será realizado com entrada franca nesta quinta, às 19h, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa.
Franklin trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo, o Estado de São Paulo, nas rádios CBN e Bandeirantes, no SBT, na TV Globo e na TV Bandeirantes. Foi correspondente do Jornal do Brasil em Londres. Durante o segundo mandato do presidente Lula, ocupou o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Durante a ditadura militar, ele foi um dos principais dirigentes do movimento estudantil brasileiro em 1968. Participou ativamente da luta pela redemocratização do país, vivendo cinco anos e meio na clandestinidade e cinco anos e meio no exílio.
Mídia em debate
A manipulação mídia tradicional e a construção de novas mídias estarão em discussão no seminário, que terá cinco mesas temáticas e três oficinas, com a participação de jornalistas, cientistas políticos, radialistas, professores, pesquisadores e ativistas digitais, como Emir Sader (foto), Juremir Machado da Silva, Moisés Mendes, Pedrinho Guareschi, Celso Schroeder, Renata Mieli, Paulo Salvador, Roni Barbosa, Vera Gasparetto, Guilherme Oliveira, Luiz Damasceno, Ediane Oliveira, Beatriz Fagundes, Carmen Crochemore e Lúcio Uberdan.
Estarão em debate temas como o Brasil e a comunicação que queremos, a política e a comunicação, a mídia alternativa e independente e o ativismo digital, a democratização da comunicação, as mídias sociais e a formação de redes, a mulher na mídia, a rádio comunitária e o vídeo independente, e os desafios da comunicação sindical.
"Tenho certeza de que será um seminário que contribuirá, e muito, para que o movimento sindical possa avançar na comunicação dos trabalhadores e na luta destemida pela democratização da mídia, nestes tempos de resistência ao golpe parlamentar, jurídico, empresarial e midiático", projeta o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.
Veja a programação completa:
Seminário Estadual
COMUNICAÇÃO, DEMOCRACIA, RESISTÊNCIA
1º de dezembro – Quinta-feira
8h30 – Início do credenciamento
9h – Abertura do evento com a participação na mesa das entidades parceiras na promoção e organização.
10h – Mesa temática de abertura "O Brasil e a Comunicação que queremos" com o sociólogo Emir Sader e o professor e pesquisador Pedrinho Guareschi.
12h – Intervalo para almoço
14h – Oficina sobre "Mídias Sociais e formação de redes" – ativista digital Lúcio Uberdan e jornalista Luiz Damasceno (colaborador da Mídia Ninja);
14h – Oficina sobre "Rádio comunitária e vídeo independente" – jornalistas Ediane Oliveira (RádioCom de Pelotas) e Guilherme Oliveira (Correria/TVT)
14 h – Oficina sobre "Mulher, mídia e poder" – jornalista Vera Gasparetto, da Escola Sul da CUT, e radialista Beatriz Fagundes (Manawa – Rádio Web)
16h – Intervalo para cafezinho
16h30 – Mesa temática "Política e Comunicação" com os jornalistas Juremir Machado da Silva e Moisés Mendes.
18h30 – Deslocamento para a Assembleia Legislativa
19h – Painel aberto ao público com o jornalista e ex-ministro Franklin Martins sobre o tema: "Comunicação, Democracia e Resistência" no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa
2 de dezembro – Sexta-feira
9h – Mesa temática "Democratização da Comunicação" com os jornalistas Celso Schroeder (diretor da FENAJ) e Renata Miele (coordenadora do FNDC);
10h30 – Intervalo para cafezinho
11h – Mesa temática "Mídia Alternativa e ativismo digital" com Carmen Crochemore (Sul21) e jornalista Paulo Salvador (Rede Brasil Atual/TVT).
12h30 – Intervalo para almoço
14h – Mesa temática "Desafios da Comunicação Sindical" com o secretário de Comunicação da CUT Nacional, Roni Barbosa, o secretário de Comunicação da CUT/RS, Ademir Wiederkehr, o diretor do Sinpro/RS, Marcos Fuhr, a diretora do SindBancários, Ana Guimaraens, e outros sindicatos.
16h30 – Encerramento
Organização
Fonte: CUT-RS
29/11/2016
NOTA DE REPÚDIO A PEC 55 (EX-PEC 241)
NOTA DE REPÚDIO A PEC 55 (EX-PEC 241)
Nós, cidadãos e cidadãs do estado do Rio Grande do Sul, firmamos a presente NOTA DE REPÚDIO À PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 55, de iniciativa dos/das participantes do Curso 2016 – Ano 13, da Escola de Fé, Política e Trabalho, e tornamos público nosso repúdio à PEC 55/2016, já aprovada na Câmara de Deputados (PEC 241/2016), que congela os gastos públicos por 20 anos, o que deve afetar, entre outros investimentos, aqueles em educação, saúde, produção de alimentos, cultura e segurança.
Nesse sentido, conforme demostram diversos estudos já realizados, afirmamos que nenhum país do mundo definiu por lei limite de gastos públicos.
Ainda, a PEC 55 fere a soberania e o voto popular e irá aprofundar a desigualdade e injustiça social.
Assim, reiteramos nossa crítica à limitação que a mesma determina ao aumento futuro dos investimentos públicos em saúde e educação, e da mesma forma a diferentes políticas públicas no sentido da inclusão social, porém, não impõe limites aos gastos com o capital financeiro – voltado ao pagamento de juros e amortização da dívida pública – que representam mais de 45% do orçamento da União.
Cumpre esclarecer que a PEC 55 está em desacordo com o disposto na Constituição Brasileira de 1988, que dá ampla garantia aos direitos fundamentais, estabelecendo que as normas definidores dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata (art. 5º, §1º, CF/88), e que não admite deliberação e proposta de emenda que pretenda abolir os direitos e garantias fundamentais (artigo 60, §4º, IV, CF/88).
Todavia, o Princípio de Proibição de Retrocesso Social, implícito na Constituição brasileira de 1988, veda a supressão ou da redução de direitos fundamentais.
Assim, reiteramos nosso compromisso com os direitos sociais e fundamentais, e defendemos o amplo debate com a sociedade, no sentido de permitir que a população seja esclarecida dos reais impactos dessa medida e dos danos aos direitos sociais e fundamentais, às políticas e programas sociais, e a sociedade brasileira.
NÃO À PEC 55!
Caxias do Sul, 29 de novembro de 2016.
Participantes do Curso 2016 – Ano 13, da Escola de Fé, Política e Trabalho, e cidadãos e cidadãs do estado do Rio Grande do Sul, que também firmam.
...
OBS.:
Esta NOTA DE REPÚDIO À PEC 55 (EX-PEC-241) foi encaminhada a todos os Senadores e Senadoras, por correio eletrônico:
acir@senador.leg.br, aecio.neves@senador.leg.br, aloysionunes.ferreira@senador.leg.br, alvarodias@senador.leg.br, ana.amelia@senadora.leg.br, angela.portela@senadora.leg.br, antonio.anastasia@senador.leg.br,
antoniocarlosvaladares@senador.leg.br, armando.monteiro@senador.leg.br, ataides.oliveira@senador.leg.br, benedito.lira@senador.leg.br, cassio.cunha.lima@senador.leg.br, cidinho.santos@senador.leg.br,
ciro.nogueira@senador.leg.br, cristovam.buarque@senador.leg.br, dalirio.beber@senador.leg.br, dario.berger@senador.leg.br, davi.alcolumbre@senador.leg.br, edison.lobao@senador.leg.br, eduardo.amorim@senador.leg.br, eduardo.braga@senador.leg.br, eduardo.lopes@senador.leg.br, elmano.ferrer@senador.leg.br, eunicio.oliveira@senador.leg.br, fatima.bezerra@senadora.leg.br,
fernandobezerracoelho@senador.leg.br, fernando.collor@senador.leg.br, flexa.ribeiro@senador.leg.br, garibaldi.alves@senador.leg.br, gladson.cameli@senador.leg.br, gleisi@senadora.leg.br, humberto.costa@senador.leg.br, heliojose@senador.leg.br, ivo.cassol@senador.leg.br, jader.barbalho@senador.leg.br, jorge.viana@senador.leg.br, jose.agripino@senador.leg.br, joseanibal@senador.leg.br, jose.maranhao@senador.leg.br, josemedeiros@senador.leg.br, jose.pimentel@senador.leg.br, joao.alberto.souza@senador.leg.br, joao.capiberibe@senador.leg.br, katia.abreu@senadora.leg.br, lasier.martins@senador.leg.br, lindbergh.farias@senador.leg.br, lidice.mata@senadora.leg.br, lucia.vania@senadora.leg.br, magno.malta@senador.leg.br, marta.suplicy@senadora.leg.br, omar.aziz@senador.leg.br, otto.alencar@senador.leg.br, paulo.bauer@senador.leg.br, paulopaim@senador.leg.br, paulo.rocha@senador.leg.br, pedrochaves@senador.leg.br, raimundo.lira@senador.leg.br, randolfe.rodrigues@senador.leg.br, reginasousa@senadora.leg.br, reguffe@senador.leg.br, renan.calheiros@senador.leg.br, ricardo.ferraco@senador.leg.br, roberto.muniz@senador.leg.br, roberto.requiao@senador.leg.br, robertorocha@senador.leg.br, romero.juca@senador.leg.br, romario@senador.leg.br, ronaldo.caiado@senador.leg.br, rose.freitas@senadora.leg.br, simone.tebet@senadora.leg.br, sergio.petecao@senador.leg.br, tasso.jereissati@senador.leg.br, telmariomota@senador.leg.br, valdir.raupp@senador.leg.br, vanessa.grazziotin@senadora.leg.br, vicentinho.alves@senador.leg.br, waldemir.moka@senador.leg.br, wellington.fagundes@senador.leg.br, wilder.morais@senador.leg.br, zeze.perrella@senador.leg.br
NOTA DE REPÚDIO A PEC 55 (EX-PEC 241)
NOTA DE REPÚDIO A PEC 55 (EX-PEC 241)
Nós, cidadãos e cidadãs do estado do Rio Grande do Sul, firmamos a presente NOTA DE REPÚDIO À PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 55, de iniciativa dos/das participantes do Curso 2016 – Ano 13, da Escola de Fé, Política e Trabalho, e tornamos público nosso repúdio à PEC 55/2016, já aprovada na Câmara de Deputados (PEC 241/2016), que congela os gastos públicos por 20 anos, o que deve afetar, entre outros investimentos, aqueles em educação, saúde, produção de alimentos, cultura e segurança.
Nesse sentido, conforme demostram diversos estudos já realizados, afirmamos que nenhum país do mundo definiu por lei limite de gastos públicos.
Ainda, a PEC 55 fere a soberania e o voto popular e irá aprofundar a desigualdade e injustiça social.
Assim, reiteramos nossa crítica à limitação que a mesma determina ao aumento futuro dos investimentos públicos em saúde e educação, e da mesma forma a diferentes políticas públicas no sentido da inclusão social, porém, não impõe limites aos gastos com o capital financeiro – voltado ao pagamento de juros e amortização da dívida pública – que representam mais de 45% do orçamento da União.
Cumpre esclarecer que a PEC 55 está em desacordo com o disposto na Constituição Brasileira de 1988, que dá ampla garantia aos direitos fundamentais, estabelecendo que as normas definidores dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata (art. 5º, §1º, CF/88), e que não admite deliberação e proposta de emenda que pretenda abolir os direitos e garantias fundamentais (artigo 60, §4º, IV, CF/88).
Todavia, o Princípio de Proibição de Retrocesso Social, implícito na Constituição brasileira de 1988, veda a supressão ou da redução de direitos fundamentais.
Assim, reiteramos nosso compromisso com os direitos sociais e fundamentais, e defendemos o amplo debate com a sociedade, no sentido de permitir que a população seja esclarecida dos reais impactos dessa medida e dos danos aos direitos sociais e fundamentais, às políticas e programas sociais, e a sociedade brasileira.
NÃO À PEC 55!
Caxias do Sul, 29 de novembro de 2016.
Participantes do Curso 2016 – Ano 13, da Escola de Fé, Política e Trabalho, e cidadãos e cidadãs do estado do Rio Grande do Sul, que também firmam.
26/11/2016
Una triste noticia
(Fuente: Télam)
El papa Francisco consideró que la muerte de Fidel Castro es "una triste noticia" y envió sus condolencias a su familia y al pueblo cubano. Lo hizo a través de un telegrama enviado a Raúl Castro, presidente de Cuba y hermano del fallecido líder.
El Papa expresó sus "sentimientos de pesar" por "la triste noticia" de la muerte de Castro, a quien tuvo ocasión de saludar a Fidel Castro en septiembre de 2015, durante la visita que hizo a Cuba. Entonces, pasó por la isla como escala previa a su llegada a los Estados Unidos, en pleno proceso de deshielo en las relaciones entre ambos países, en el que tuvo mucho que ver el Vaticano.
Francisco fue clave en las negociaciones, que llegaron a buen puerto en diciembre de 2014. Fueron varios meses de encuentros en absoluto secreto, luego de que Jorge Bergoglio enviara cartas a Barack Obama y Raúl Castro ofreciendo la Santa Sede como punto neutral para negociar el restablecimiento de relaciones. Obama había visitado al Papa en Roma, en marzo de ese año, y desde entonces fructificaron los encuentros con los representantes cubanos, hasta el anuncio del histórico acuerdo, hace casi dos años.
El telegrama enviado a La Habana, y que difundió la sala de prensa de prensa del Vaticano dice lo siguiente:
"EXCELENTÍSIMO SEÑOR RAÚL MODESTO CASTRO RUZ
PRESIDENTE DE LOS CONSEJOS DE ESTADO Y DE MINISTROS DE LA REPÚBLICA DE CUBA
LA HABANA
AL RECIBIR LA TRISTE NOTICIA DEL FALLECIMIENTO DE SU QUERIDO HERMANO, EL EXCELENTÍSIMO SEÑOR FIDEL ALEJANDRO CASTRO RUZ, EXPRESIDENTE DEL CONSEJO DE ESTADO Y DEL GOBIERNO DE LA REPÚBLICA DE CUBA, EXPRESO MIS SENTIMIENTOS DE PESAR A VUESTRA EXCELENCIA Y A LOS DEMÁS FAMILIARES DEL DIFUNTO DIGNATARIO, ASÍ COMO AL GOBIERNO Y AL PUEBLO DE ESA AMADA NACIÓN.
AL MISMO TIEMPO, OFREZCO PLEGARIAS AL SEÑOR POR SU DESCANSO Y CONFÍO A TODO EL PUEBLO CUBANO A LA MATERNA INTERCESIÓN DE NUESTRA SEÑORA DE LA CARIDAD DEL COBRE, PATRONA DE ESE PAÍS.
FRANCISCO PP."
https://www.pagina12.com.ar/5410-una-triste-noticia-dijo-el-papa
Fidel, sinônimo de revolução
Fidel tornou-se sinônimo de Revolução, desde que as fotos daqueles barbudos tinham derrubado a ditadura do Batista, no já longínquo 1959. Mais ainda para nós, na America Latina, para quem a revolução era um fenômeno distante no tempo e no espaço – na Rússia, na China, com Lênin, com Mao. Foi Cuba quem colocou para nós e para tantas outra gerações, a revolução como uma atualidade, apontou que a revolução era possível, aqui mesmo, no nosso continente.
Fidel encarnou a revolução na América Latina, mas também para o mundo todo, porque Cuba levantava de novo a ideia do socialismo, quando este tinha se tornado algo aparentemente petrificado, postergado.
Eu comecei minha militância política em 1959, distribuindo um jornalzinho – Ação Socialista -, que tinha estampada a imagem de uns barbudos, pousando como se fossem jogadores de futebol, que tinham derrubado um ditador – naquela época, da America Central, nem se mencionava o Caribe. Logo minha geração tornou-se a geração da Revolução Cubana, que nos seduziu a tantos, com a convocação dos estudantes para acabar com o analfabetismo em Cuba, com a reforma agraria, com a reforma urbana, com a fundação da Casa das Américas, com a soberania diante do imperialismo, com a proclamação da Revolução como uma Revolução Socialista, com a resistência contra a tentativa de invasão da Baia dos Porcos, com a resistência diante da tentativa dos EUA de cerco naval à Ilha, com tudo o que vinha de la', que nos alentava e nos apontava caminhos.
Só fui ver a Fidel quando ele visitou o Chile, durante o governo do Allende. Nas várias visitas que ele fez ao país, até seu discurso final, no Estadio Nacional. Depois, logo depois do golpe no Chile, pude me encontrar com ele pela primeira vez, em Havana, para discutir as consequências do golpe.
Inesquecível vê-lo entrar, enorme, alto, enérgico, simpático, afetivo. Ver como ele tinha infinita capacidade de ouvir as pessoas, de perguntar muito, sobre o Chile, sobre o golpe, sobre Allende, sobre Miguel Enriquez e o MIR, sobre o Brasil.
Tive o privilégio de conviver com sua presença na vida cubana durante muitos anos, conhecer como um dirigente se interessa sobre todo o cotidiano do país e do mundo, se pronunciar o tempo todo sobre todos os problemas, ser o mais radical crítico da própria Revolução, implacável com os erros, mas sempre apontando alternativas e despertando esperanças.
Tê-lo presenciado falar na Praça da Revolução tantas e tantas vezes é das experiências mais impressionantes que alguém pode ter. Numa dessas concentrações, sempre para milhões de pessoas, se homenageavam os mortos na derrubada de um avião cubano por uma ação terroristas, que matou, entre outros, a toda uma equipe esportiva cubana. Com todos os caixões presentes na Praça, Fidel fez um dos seus discursos mais emocionantes, que concluía dizendo:
"Quando um povo enérgico e viril chora, a injustiça treme."
Para provocar as lágrimas daqueles cubanos que se deslocavam de todos os lugares para ouvi-lo falar durante horas e horas ao sol.
Ele sempre surpreendeu a todos com sua audácia. Desde aquela primeira, do assalto ao quartel Moncada, ao desembarque do Granma, até as iniciativas posteriores, já desde o poder, valendo-se do mesmo fator surpresa da guerrilha. Quando abriu as portas de todas as embaixadas, para que os que quisessem ir embora de Cuba, fossem. Permitindo que chegassem embarcações de Miami para recolhê-lhos. Um gesto audaz, que ele souber reverter a favor da Revolução, como tudo o que ele fazia.
Quando proclamou que o menino Elian seria recuperado por Cuba, objetivo que parecia impossível, mas que ele, incutindo em todos uma imensa confiança, conseguiu. Quando ele afirmou que Cuba recuperaria os 5 heróis presos nos EUA, o que parecia absolutamente inviável, mas ele soube construir, uma vez mais, a estratégia vitoriosa para conseguir uma vez mais o impossível.
Fidel foi o sinônimo de Revolução mais de 50 anos. Quem quisesse saber da Revolução e do Socialismo, tinha que olhara para ele. Ele, junto com o Che, apontaram para tantas gerações o horizonte do socialismo, da revolução, do compromisso militante.
Fidel foi a personificação da Revolução e do Socialismo. Sua vida e suas palavras soaram sempre como a voz mais forte, mais digna, mais vibrante, mais esperançosa, mais corajosa, que a História contemporânea conheceu.
http://www.brasil247.com/pt/blog/emirsader/267410/Fidel-sin%C3%B4nimo-de-revolu%C3%A7%C3%A3o.htm
EMIR SADER
Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros
SICKO - SOS Saude
25/11/2016
Sobre o Papa Francisco...
MELHOR E MAIS JUSTO - PAPA FRANCISCO: APOIO E REAÇÃO
Um homem que estende a mão aos pobres, aos refugiados, a todas as religiões.
Um papa que propõe acolhimento à população LGBT, aos divorciados e perdão ao aborto.
Um papa que recebe e dialoga com os movimentos populares.
Francisco ganha muitos apoios, mas também oposição e reação, às vezes, raivosa de conservadores da Igreja Católica, da política, da mídia.
Em um mundo no qual o ódio e o preconceito gritam, quais as questões e desafios sociais, políticos, econômicos, ambientais e pastorais que o líder do mundo católico traz à luz e ao centro do debate contemporâneo?
Essa é a conversa no Melhor e Mais Justo.
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